sábado, 24 de agosto de 2019

Himitsu ~Kuro no Chikai~ [Epílogo]

Em uma igreja distante, o som do sino que soava antes da noite era ouvido.
Havia algumas igrejas nesta cidade remota e litorânea. O som do sino que vinha da pequena igreja construída na costa era levado por toda a cidade pela forte brisa.
Eu ouvi alguém chamar por mim no segundo andar. Pausei minhas preparações para o jantar e corri para cima. Era uma pequena casa, o tipo que pessoas de classe média vivem. Como eu era a única empregada nesta casa, eu tinha que cuidar de todo o trabalho diligentemente com minha função como costureira. Após chegar ao topo das escadas, eu bati à porta do quarto no fim do corredor, em um lugar que recebia boa luz do sol.
— Entre.
Quando entrei no quarto, vi a mestra desta casa em um estado afobado, com uma expressão perturbada no rosto.
— Lily! Ah, ela não para de chorar... O que eu faço?
O bebê estava, de fato, continuando a chorar alto sem parar. EU me aproximei, e gentilmente peguei o bebê em meus braços e encarei seus olhos. Tinham uma bela cor azul. Por algum motivo, quando meus olhos se encontraram com os dela, que eram da cor do céu, ela congelou.
— E-ela parou de chorar?
— Parece que sim. Talvez estivesse me chamando.
Minha mestra, de cabelos azuis, olhava para mim e para o bebê, e seu um risinho. Ela levantou uma mão para cobrir elegantemente sua boca, o belo anel que ela usava com a flor branca brilhava.
— De certa forma, vocês parecem mãe e filha. A cor de seus cabelos e olhos são idênticas.
— O quê?! Eu não desejo crianças ainda! Não até dominar este mundo com minhas produções!
— Minha nossa, então neste caso, posso pedir que você faça roupas para esta criança agora? Ouvi que a indústria de roupas para bebês está crescendo.
— É mesmo?
Eu olhei para o bebê, e embora ela tenha parado de chorar antes, seu rosto começou a se contorcer de novo. Eu devia estar imaginando um pouco de medo em sua expressão.
— Ah, não. Ela parece que vai chorar de novo. Você não gosta muito das roupas da Lily?
— La-Lady Miku!
Eu cuidadosamente entreguei o bebê a ela. Como se estivesse lidando com um tesouro precioso, Miku acariciou o bebê com uma mão gentil. Ele parecia estar prestes a chorar, mas relaxou e sorriu. Ah, como esta criança era mimada.
— Ah!
— Hm? Ela está tentando dizer algo?
— Uu, aaa.
— Lily, chegue mais perto.
Depois que ela disse isso, meus olhos se encontraram com os do bebê de novo. Desta vez, ela parecia estar rindo. Chorando e agora rindo — como esta criança era ocupada. Era bom ser honesta, mas não demonstrar tudo o que se está sentindo. Parece que eu terei que lhe dar disciplina de etiqueta e modéstia sobre como ser uma dama no futuro próximo.
— Ah, pensando nisso, ela está segurando algo esse tempo todo.
— Uuu, uu.
— ...É para mim?
Ela tocou gentilmente minha mão. Apertado nas dela, havia uma concha.
— Ah, é tão linda! Se me lembro bem, esta é a concha que pegamos quando fomos para a praia ontem.
— ...Obrigada.
O bebê riu de novo. Era uma concha dourada. Quando olhei para ela, que quase parecia uma asa, senti meus olhos ficarem quentes. No mundo humano, era dito que se chora com mais facilidade conforme você envelhece; agora, eu sentia que há um fundo de verdade nisso.
Não importa a idade, o tempo sempre passa sem desacelerar para permitir descanso.
Ficará tudo bem desta vez, serei eu quem protegerei — este mundo que todos vocês amavam, e eles também. Por isso, não há por que se preocupar.
— ...Está sentindo o cheiro de algo queimando lá embaixo?
— Ah! Eu esqueci completamente que estava preparando o ensopado!
— Pe-pela deusa!
Nós corremos para baixo juntas. O ensopado provavelmente teria que ser feito novamente.
Eu tinha a sensação que alguém que não estava neste lugar, estava sorrindo agora mesmo.

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