Em
uma igreja distante, o som do sino que soava antes da noite era ouvido.
Havia
algumas igrejas nesta cidade remota e litorânea. O som do sino que vinha da
pequena igreja construída na costa era levado por toda a cidade pela forte
brisa.
Eu
ouvi alguém chamar por mim no segundo andar. Pausei minhas preparações para o
jantar e corri para cima. Era uma pequena casa, o tipo que pessoas de classe
média vivem. Como eu era a única empregada nesta casa, eu tinha que cuidar de
todo o trabalho diligentemente com minha função como costureira. Após chegar ao
topo das escadas, eu bati à porta do quarto no fim do corredor, em um lugar que
recebia boa luz do sol.
—
Entre.
Quando
entrei no quarto, vi a mestra desta casa em um estado afobado, com uma
expressão perturbada no rosto.
—
Lily! Ah, ela não para de chorar... O que eu faço?
O
bebê estava, de fato, continuando a chorar alto sem parar. EU me aproximei, e
gentilmente peguei o bebê em meus braços e encarei seus olhos. Tinham uma bela
cor azul. Por algum motivo, quando meus olhos se encontraram com os dela, que
eram da cor do céu, ela congelou.
—
E-ela parou de chorar?
—
Parece que sim. Talvez estivesse me chamando.
Minha
mestra, de cabelos azuis, olhava para mim e para o bebê, e seu um risinho. Ela
levantou uma mão para cobrir elegantemente sua boca, o belo anel que ela usava
com a flor branca brilhava.
—
De certa forma, vocês parecem mãe e filha. A cor de seus cabelos e olhos são
idênticas.
—
O quê?! Eu não desejo crianças ainda! Não até dominar este mundo com minhas
produções!
—
Minha nossa, então neste caso, posso pedir que você faça roupas para esta
criança agora? Ouvi que a indústria de roupas para bebês está crescendo.
—
É mesmo?
Eu
olhei para o bebê, e embora ela tenha parado de chorar antes, seu rosto começou
a se contorcer de novo. Eu devia estar imaginando um pouco de medo em sua
expressão.
—
Ah, não. Ela parece que vai chorar de novo. Você não gosta muito das roupas da
Lily?
—
La-Lady Miku!
Eu
cuidadosamente entreguei o bebê a ela. Como se estivesse lidando com um tesouro
precioso, Miku acariciou o bebê com uma mão gentil. Ele parecia estar prestes a
chorar, mas relaxou e sorriu. Ah, como esta criança era mimada.
—
Ah!
—
Hm? Ela está tentando dizer algo?
—
Uu, aaa.
—
Lily, chegue mais perto.
Depois
que ela disse isso, meus olhos se encontraram com os do bebê de novo. Desta
vez, ela parecia estar rindo. Chorando e agora rindo — como esta criança era
ocupada. Era bom ser honesta, mas não demonstrar tudo o que se está sentindo.
Parece que eu terei que lhe dar disciplina de etiqueta e modéstia sobre como
ser uma dama no futuro próximo.
—
Ah, pensando nisso, ela está segurando algo esse tempo todo.
—
Uuu, uu.
—
...É para mim?
Ela
tocou gentilmente minha mão. Apertado nas dela, havia uma concha.
—
Ah, é tão linda! Se me lembro bem, esta é a concha que pegamos quando fomos
para a praia ontem.
—
...Obrigada.
O
bebê riu de novo. Era uma concha dourada. Quando olhei para ela, que quase
parecia uma asa, senti meus olhos ficarem quentes. No mundo humano, era dito
que se chora com mais facilidade conforme você envelhece; agora, eu sentia que
há um fundo de verdade nisso.
Não
importa a idade, o tempo sempre passa sem desacelerar para permitir descanso.
Ficará
tudo bem desta vez, serei eu quem protegerei — este mundo que todos vocês amavam,
e eles também. Por isso, não há por que se preocupar.
—
...Está sentindo o cheiro de algo queimando lá embaixo?
—
Ah! Eu esqueci completamente que estava preparando o ensopado!
—
Pe-pela deusa!
Nós
corremos para baixo juntas. O ensopado provavelmente teria que ser feito
novamente.
Eu tinha a sensação que alguém que não estava neste
lugar, estava sorrindo agora mesmo.<< Capítulo Anterior Próximo Capítulo >>
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